terça-feira, 9 de novembro de 2010

Uma Existência Alucinante

Não é primeira vez que tento desvendar os melindres da existência humana. Já no terceiro artigo perguntei "alguém me diga o que faço aqui"...
Confesso que este blog tem andado silencioso, mas nunca abandonado. Existem coisas demasiado estranhas neste mundo, para não serem partilhadas. Inexplicável? Aqui ficará perfeito.

Ser quem somos, define a nossa realidade, melhor dizendo, através das nossas experiências, define como percepcionamos o mundo. Como dizia um jornalista britânico, a realidade é relativa...

"Vemos as coisas não como elas são, mas como nós somos."

Desde que nos tornámos em seres que "pensam", tornou-se quase obsessão definir tudo, como se que as coisas não existissem se não lhe pusermos nome, colocarmos em determinadas categorias, definindo-as de uma tal maneira que estas se tornam somente aquilo que chamamos.
Isto realmente faz com que vivamos num mundo de total confusão, onde o vento é só vento, os oceanos são só uma grande quantidade de água, e eu sou só a Soraia...

Agora, o que somos então? Serei o meu cérebro? O meu coração? Serei só Soraia? E se me mudassem algum órgão, ou mudasse de nome, deixava de ser eu mesma?

Uma experiência conduzida pelo  cientista Ernest Rutherford, em Manchester, revelou que o interior dos átomos eram praticamente ocos chocando na altura a comunidade cientifica. Então como pode um átomo "vazio", dar forma a tudo aquilo que conhecemos? Tudo o que nos rodeia?
Uma das teorias é que a nossa verdadeira consciência, não tem limitação nos limites sólidos, não está nos nossos corpos ou cérebros. 

 Ok... se pensarmos bem isto é uma loucura certo?

Com esta conclusão, parecia impossível provar cientificamente a telepatia, os médiums, a clarividência ou outros meios de transmissão de informação, através de meios comunicação  não físicos.
Mas então imaginemos por uns segundos... a matéria "vazia" existente dentro dos blocos mais básicos (átomos) da construção da existência perceptível (realidade), é moldada pela intenção, ou desejo. Então isso significaria que a nossa consciência moldaria a nossa realidade.
Isso explicaria grande parte dos fenómenos que diariamente nós ignoramos, por não ter aceitação nos parâmetros da normalidade, como o dejá vú, a reencarnação ou mesmo viagens astrais.

Ou então vejamos, está provado cientificamente que todas as espécies estão a evoluir em seres mais complexos. Todo o tipo de animal ou ser que nasce, tem plena consciência daquilo que é e, em alguns casos, daquilo que deve fazer logo no nascimento, sem que os progenitores os ensinem. 
Um dos casos mais conhecidos até aos dias de hoje será o do botânico, zoólogo, biólogo, antropólogo, etólogo Lyall Watson, que defendia o "efeito do centésimo macaco de 1952". Na sua observação, ele concluiu que quando certa percentagem de macacos aprenderam ou desenvolveram uma nova característica, o conhecimento se tornaria uma habilidade natural dessa espécie.



O macaco japonês Macaca Fuscata vem sendo observado há muito tempo em estado natural. Em 1952, os cientistas jogaram batatas-doces cruas nas praias da ilha de Kochima para os macacos. Eles apreciaram o sabor das batatas-doces, mas acharam desagradável o da areia. Uma fêmea de um ano e meio, chamada Imo, descobriu que lavar as batatas num rio próximo resolvia o problema. E ensinou o truque à sua mãe. Seus companheiros também aprenderam a novidade e a ensinaram às respectivas mães. Aos olhos dos cientistas, essa inovação cultural foi gradualmente assimilada por vários macacos. Entre 1952 e 1958, todos os macacos jovens aprenderam a lavar a areia das batatas-doces para torná-las mais saborosas. Só os adultos que imitaram os filhos aprenderam esse avanço social. Outros adultos continuaram comendo batata-doce com areia.

Foi então que aconteceu uma coisa surpreendente. No outono de 1958, na ilha de Kochima, alguns macacos – não se sabe ao certo quantos – lavavam batatas-doces. Vamos supor que, um dia, ao nascer do sol, noventa e nove macacos da ilha de Kochima já tivessem aprendido a lavar as batatas. Vamos continuar supondo que, ainda nessa manhã, um centésimo macaco também tivesse feito uso dessa prática. ENTÃO ACONTECEU!

Nessa tarde, quase todo o bando já lavava as batatas-doces antes de comer. O acréscimo de energia desse centésimo macaco rompeu, de alguma forma, uma barreira ideológica! Mas veja só: os cientistas observaram uma coisa surpreendente: o hábito de lavar as batatas-doces havia atravessado o mar. Bandos de macacos de outras ilhas, além dos grupos do continente, em Takasakiyama, também começaram a lavar suas batatas-doces! Assim, quando um certo número crítico atinge a consciência, essa nova consciência pode ser comunicada de uma mente a outra
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(O Centésimo Macaco, Ken Keyes Jr., Editora Pensamento)

E esta?? =)