domingo, 13 de março de 2011

FEED UR BRAIN

Genética

Uma das  principais respostas para os nossos comportamentos, doenças, modo de vida, gostos.... está explicado por ser genético.
Diz-se que se é genético, é imutável. Se está gravado nos nossos genes, é impossivel alterar o resultado. Como a esquizofrenia (explicada hoje em dia como uma “doença genética”).
O problema, é que hoje em dia ainda não conseguiram explicar aqueles que têm essa doença, mas com nenhum caso anterior na família.
E quando não é genético? Pode-se dizer que é quase impossível perceber como a biologia e genética  funcionam, quando a separamos do Ambiente.
Segundo um cientista húngaro, Dr. Garbor Maté, muito poucas doenças têm uma base na genética.
Fiquemos pelo exemplo do cancro da mama. Ele afirma que em 100 mulheres que tenham cancro da mama, apenas 7 terão a componente genética. Adianta que em cada 100 que realmente tenham essa componente genética, nem todas terão cancro.

COMPORTAMENTO e GENÉTICA

Segundo um estudo recente, alguns genes passados de pai para filho, podem ser “apagados” consoante o ambiente que nos inserimos.
A verdade é que a explicação genética, permite ao ser humano “explicar” de uma maneira muito simplista de como uma pessoa se torna, por exemplo violenta. Essa explicação no fundo, apenas nos permitem ignorar o que realmente faz com que uma pessoa seja assim. “Se está nos genes, é impossível mudar!”
Tomemos o exemplo dos vícios. Uma pessoa que seja viciada em heroína, é extremamente ostracizada pela sociedade. Mas e o vício das compras? Vício pela Internet? Vício do poder? Vício do petróleo, pelo menos do material que o petróleo nos dá??
Muitos desses vicios são mesmo recompensados pela sociedade. Tomemos um exemplo de um sucedido vendedor de tabaco...  Empresas sucedidas nessa área, são muitas vezes remunerados e no entanto, causam cerca de 3000 mortos por ano em Portugal e no entanto, esses vendedores são recompensados pelo seu sucesso.
E então porque é que só alguns se tornam viciados?

MEIO AMBIENTE

A velha ideia que os vícios são passados geneticamente é amplamente apoiada, mas não explica tudo. O que pode explicar é o meio ambiente.
Estudos recentes mostram que o ambiente influência desde o útero. O ambiente é algo que começa quando temos um ambiente (obviamente).
O melhor exemplo disso é aquando a guerra de 1944, quando os nazis ocuparam a Holanda, desviaram a comida toda para a Alemanha e durante 3 meses, os holandeses passaram fome e muitos deles morreram.  

O efeito desse “Inverno Holandês”: Se fòssemos um feto no  1º ou 2º trimestre da gravidez, durante esse periodo,  o nosso corpo “aprenderia” algo único sobre o ambiente, pois é nesse periodo que aprendemos o quão ameaçador será lá fora, o ambiente. Aprenderíamos a armezenar então tudo aquilo que consumimos.
50 anos depois, os filhos dessas mães, seriam mais propensos a sofrer obesidade ou alta pressão arterial ou síndrome metabólica
Outro estudo britânico mostra que os filhos nascidos de mães que passaram a guerra de 1967, obviamente estressadas, seriam mais propensos a desenvolver esquizófrenia, que a média.

O que é um facto, é que o desenvolvimento do cérebro humano ocorre consoante o meio ambiente e após o nascimento, diferente de qualquer animal na Terra. Comparando-nos com um cavalo, que já corre no primeiro dia de vida, constatamos que somos extremamente pouco desenvolvidos, não conseguindo esse grau de coordenação neurológica, equilíbrio, acuidade visual e muscular, mas só quando nos aproximamos dos dois ou três anos de idade. Isso acontece porque nos cavalos, o desenvolvimento cereral é feito dentro do útero da mãe. 

É ai que entra um novo conceito no desenvolvimento humano, o Darwinismo neural, que afirma que os circuitos que são desenvolvidos pelo meio ambiente, serão optimizados e os que não forem estimulados pelo meio ambiente, simplesmente atrofiam ou morrem. Por exemplo, se pusermos um recém nascido num quarto escuro durante 5 anos, os circuitos visuais morrem, para nunca serem criados novamente e essa criança será cega para sempre, simplesmente porque a visão precisa de luz para se desenvolver.

Podemos dizer então que o ambiente e os estímulos que temos desse mesmo ambiente, nos permitem ser aquilo que podermos ser. Sem estímulo exterior, não há desenvolvimento algum.
Tal como o nosso corpo precisa de nutrientes para se desenvolver, o nosso cérebro exige formas de estímulo positivas para o desenvolvimento.

So please, feed your brain...


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

História de um homem de 95 Anos


“Quando eu era um jovem crescendo na cidade de Nova Iorque, recusei jurar lealdade á bandeira. 

Obviamente, fui mandado para a sala do director, ao que ele me perguntou:"
- "Porque não fazes o juramento? Todos fazem!"

"Respondi que todos já acreditaram que a Terra era plana, mas que isso não a tornava plana. Expliquei que os EUA deviam tudo o que tinham a outras culturas e outras nações e que eu preferiria fazer juramento á Terra e a todos os seus habitantes."

"Nem preciso dizer que não demorou muito para eu sair da escola completamente. 
Montei um laboratório no meu quarto e lá comecei a aprender sobre a ciência e sobre a natureza. Percebi então, que o universo é regido por leis e que o ser humano, junto com a sociedade em si, não estava livre destas leis."

"Depois veio o crash da bolsa de 1929, que iniciou o que hoje chamamos de Grande Depressão.

Para mim, era difícil entender porque é que milhões estavam desempregados, sem tecto, passando fome, enquanto as fábricas que estavam lá... estavam paradas. Foi então que percebi que as regras do jogo económico eram inerentemente inválidas."


 
"Logo depois, veio a Segunda Guerra Mundial onde várias nações revezavam destruíndo-se sistematicamente umas ás outras.


Depois calculei que toda a destruição e recursos desperdiçados naquela guerra, poderiam ter facilmente satisfeito todas as necessidades da humanidade no planeta (construindo hospitais, escolas, recursos...)."


"Desde então, tenho observado a humanidade a preparar a sua própria extinção. Vi os recursos preciosos e finitos serem continuamente desperdiçados e destruídos em nome do lucro e do livre mercado. Vi os valores da sociedade serem reduzidos a uma artificialidade baixa de materialismo e consumo irracional. E vi o poder monetário, controlar a estrutura política de sociedades supostamente livres."


"Hoje, tenho 95 anos e receio que minha postura e disposição seja a mesma de 75 anos atrás.
E essa m*rda precisa acabar.”






Jacque Fresco
In Zeitgeist (2011), Moving Forward